Editorial - Um basta nas agressões
Agressões recentes a colegas de equipes de televisão Record e Aratu despertaram a categoria

Seria compreensível a continuidade da violência contra jornalistas em atividade, tomando como certo o efeito retroativo de uma cantilena de quatro anos, período no qual o ex-presidente depreciou sem trégua o exercício do poder moderador.
Em acréscimo a esta fobia do trabalho correto da Imprensa, transformada em ofensas, um contingente subletrado de grandes proporções da sociedade brasileira pode ter dificuldade em entender o contexto.
No entanto, noves fora tais adversidades, chegou a hora de dar um basta. As agressões recentes a colegas de equipes de televisão Record e Aratu despertaram a categoria e todas e todos quantas defendem a informação.
Os benefícios excedem, tal a força verificada na confiabilidade do conteúdo apurado, pois é preciso confirmar a veracidade dos fatos, para tanto, os cursos superiores de comunicação são formadores legitimados dos bons repórteres.
Não há como tergiversar em torno da punição a agressores, enquanto se pode exigir proteção contra ameaças e ataques à integridade física de quem se equilibra entre a prestação deste serviço público sob a lógica da iniciativa privada.
Entidades representativas como Sinjorba, ABI e Fenaj unem-se ao Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Estado da Bahia, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, e Assembleia Legislativa, entre outros órgãos.
Com a recuperação da democracia, e tendo a liberdade de expressão e do trabalho jornalístico como dois de seus sustentáculos, a tendência é a de pacificar os ânimos, evitando a afronta das pessoas de pouca educação.
A identificação da pauta, mediante a verificação de dados por observação, pesquisa ou agenda de encontros ou efemérides sairia fortalecida com os princípios de qualificação da notícia, desiludindo aqueles produtores de mentira.
A objetividade, a precisão, a clareza, a síntese, entre outros componentes da boa estilística, devem voltar a ser reconhecidos como predicações necessárias a esta rotina produtiva, da qual tanto depende a cidadania.