Editorial - Contra a homofobia
Nesta quarta-feira, 17 de maio, se comemora o Dia Internacional contra a homofobia

O Dia Internacional contra a homofobia é comemorado há três décadas, a cada 17 de maio, no entanto, o combate ao preconceito segue fazendo parte do cotidiano da cidadania, recomeçando a cada aurora, pois a luta continua.
A rejeição ou aversão a quem prefere relacionar-se com amores de mesmo sexo biológico está presente na sociedade desde os costumes impostos pelos invasores europeus, ao instituírem a família monogâmica.
A celebração corresponde à vitória sobre o conservadorismo, pois foi num dia como hoje a retirada da homossexualidade do rol internacional de doenças relacionadas pela Organização Mundial da Saúde, conforme parecer científico.
O reconhecimento da preferência abriu caminho para a organização de gigantescos encontros com o tema do orgulho gay e a bandeira do arco-íris passou a atrair adeptos de outras orientações sexuais igualmente prejudicadas pelas insanas perseguições.
Desde então, surgiu a união de lésbicas, bissexuais, transgêneros, queers, intersexuais, assexuais, pansexuais, polissexuais e novas escolhas tendem a crescer graças à compreensão de serem todas as pessoas plenamente livres.
Apesar dos avanços, a violência física e simbólica contra a comunidade alternativa está longe de ser controlada, pois os grupos de extrema-direita são intransigentes em defesa dos modelos tradicionais importados da Europa.
Nas escolas, nos lares, nos ambientes de trabalho e nos meios de transporte, ocorrem situações nas quais faltam o respeito e a tolerância, excedendo-se os homofóbicos em agressões, atentados e até óbitos.
O planejamento para a reeducação de um povo nada cordial precisa de mais investimento para tirar o Brasil da vergonhosa condição de recordista mundial de LBTQUIA+ vítimas de assassinato.
A dificuldade de colocação no mercado, em busca dos escassos empregos, ou a sujeição a receber ordenados menores, desempenhando mesmas atividades em relação aos colegas heteros, é outra barreira a ser removida, visando a um convívio pautado nos princípios civilizatórios.