Empresa de auditoria das Americanas entra na mira de acionistas

Motivo seria a dúvida de como a PwC não detectou rombo de mais de R$ 20 bilhões

Publicado sexta-feira, 27 de janeiro de 2023 às 22:08 h | Autor: Da Redação
Nos últimos três anos, a empresa de auditoria foi punida no exterior ao menos duas vezes por erros contábeis
Nos últimos três anos, a empresa de auditoria foi punida no exterior ao menos duas vezes por erros contábeis -

Responsável pela auditoria das Lojas Americanas, a PwC deve entrar na mira de envolvidos no caso. O motivo seria a dúvida de como a empresa não detectou um rombo de mais de R$ 20 bilhões, que posteriormente se tornaram R$ 40 bilhões, na contabilidade da rede de varejo.

De acordo com o site 'O Bastidor', ao menos dois escritórios foram consultados sobre a possibilidade de buscar indenizações na Justiça. Uma terceira banca, representando investidores minoritários das Americanas, acionou o Ministério Público Federal (MPF).

Entre os argumentos que pesam contra a PwC, está a divulgação de informações sobre a proximidade entre Jorge Paulo Lemann, um dos três maiores acionistas das Americanas, e a companhia que tem quase R$ 211 mil a receber da rede. 

Nos últimos três anos, a empresa de auditoria foi punida no exterior ao menos duas vezes por erros contábeis: nos Estados Unidos, em 2019; e no Canadá, em 2022.

Ainda existe uma terceira ocorrência que pesa indiretamente contra a PwC, onde um ex-sócio da sucursal da companhia no Brasil, Wander Rodrigues Teles, foi condenado pelo órgão submetido à CVM americana que fiscaliza auditores de balanços de empresa. Riscos financeiros foram ignorados pelo profissional que elaborou relatórios pela PwC, e ainda omitiu informações curriculares ao analisar balanços de empresas auditadas anteriormente.

Com isso, a PwC pode sofrer mais uma punição, depois de quase 200 investidores pedirem indenização de 95 milhões de reais por suposta atuação “omissa” da empresa de auditoria no caso do Instituto de Resseguros do Brasil.

Nesta quinta-feira, 26, as Americanas pediram recuperação judicial nos Estados Unidos, com o objetivo de impedir futuras cobranças.

Publicações relacionadas