Fiocruz emite alerta sobre variante “Kraken” do coronavírus

Bahia é um dos estados no qual a entidade vê possível circulação da mutação do coronavírus

Publicado sábado, 14 de janeiro de 2023 às 14:04 h | Autor: Da Redação
Pesquisadores da Fiocruz observaram mudanças no perfil das linhagens em circulação em testes de PCR
Pesquisadores da Fiocruz observaram mudanças no perfil das linhagens em circulação em testes de PCR -

A Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um comunicado nesta sexta-feira, 13, com um alerta para o aumento da sublinhagem XBB da variante ômicron no Brasil. Os pesquisadores observaram mudanças no perfil das linhagens em circulação em testes de PCR, utilizados para confirmar a infecção pelo novo coronavírus, realizados em dezembro e estabeleceram a relação com a nova subvariante. A preocupação do grupo é com a XBB.1.5, também chamada de “Kraken”, que tem elevado as hospitalizações pela doença nos Estados Unidos.

Até então, a linhagem ômicron BA.5 e suas subvariantes, incluindo a BQ.1.1, era observada em praticamente 100% dos testes realizados.

"Nesta semana, entretanto, a Rede Genômica Fiocruz detectou um aumento considerável de variantes com ausência da mutação Spike_69/70del em testes de PCR realizados em dezembro. Considerando o cenário global da diversidade de variantes do Sars-CoV-2, os pesquisadores concluíram que o aumento de variantes sem essa mutação pode corresponder à linhagem XBB", diz o alerta da Fiocruz.

Segundo a entidade, a linhagem XBB aumentou de menos de 5% no início de dezembro para 15% na última semana. “Os Estados nos quais foram detectadas a possível circulação de linhagens XBB são Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso e Santa Catarina”, acrescenta a fundação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu em 4 de janeiro sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos. "A XBB.1.5, uma recombinação das sublinhagens BA.2, está aumentando na Europa e nos Estados Unidos, foi identificada em mais de 25 países e a OMS está monitorando de perto", disse à época o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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