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US$ 1 trilhão de PIB do agro até 2027 é obrigação

Se duplicarmos o PIB do agronegócio, conseguiremos o que o povo brasileiro clama

Publicado segunda-feira, 22 de agosto de 2022 às 06:00 h | Autor: José Luiz Tejon | tejon@grupoatarde.com.br
Imagem ilustrativa da imagem US$ 1 trilhão de PIB do agro até 2027 é obrigação
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Um trilhão de dólares até início de 2027 é obrigação do próximo governo entregar, na soma das cadeias produtivas do antes, dentro e pós-porteira das fazendas do complexo do agronegócio nacional. 

Por quê? Simples, temos mercados mundiais demandantes e potenciais. Temos o conhecimento da produção agroalimentar, agroenergética e agroambiental  na faixa do cinturão tropical do planeta, onde até trigo sabemos produzir com produtividade acima de oito mil kg/ha no cerrado brasileiro. E, ao olharmos o mapa mundi, enxergamos a riqueza produtiva ainda a ser tornada realidade de todo Matopiba. 

Portanto, senhoras e senhores presidenciáveis, o que me interessa ver são seus planos para multiplicarmos o tamanho do agro brasileiro, na faixa hoje, de US$ 400 a US$ 500 bilhões, dependendo da taxa do dólar, para o trilhão. Aí, sim, cantarmos como na Copa de 70, a melhor seleção de todos os tempos, celebrarmos o tri. 

Temos, da mesma forma, além de ciência, tecnologia tropical, um povo empreendedor, produtoras e produtores rurais, comerciantes, indústriais, prestadores de serviços, academia, professores, cientistas, estudantes, pesquisadores. Temos, também, muita gente boa no governo que só precisa ser orientada para as metas que elevem a dignidade da Nação. 

Se duplicarmos o PIB do agronegócio, incluindo comércio, indústria e serviços, além da agropecuária, com a meta do trilhão de dólares  conseguiremos o que o povo brasileiro clama: prosperidade econômica para todos, empregos, segurança alimentar, saúde, felicidade atingindo da mesma forma um PIB, Produto Interno Bruto total do País, de no mínimo US$ 3 trilhões até 2027. 

O novo presidente, seja quem for, precisa ser um apaixonado pelo cooperativismo. A organização cooperativista é a única que pode arrancar milhões da pobreza e da miséria e criar prosperidade, como Márcio Lopes, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), repete. E o que é prosperidade? É a governança da esperança. 

Presidenciáveis, temos no Brasil em torno de 4,5 milhões de pequenas propriedades rurais que passam fome, quero ver em vossos planos as iniciativas de apoio as cooperativas e uma meta clara da inclusão desses proprietários na tecnologia e nos mercados, com agroindustrialização. Mas quero ver números, quantos e qual será o movimento econômico esperado dessa iniciativa. Quero ver a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) renascida, estimulada e com metas comprometidas. E tomando como inspiração, quero ver câmaras setoriais criadas para entregar planos de crescimento de todas as cadeias produtivas, do A do abacate ao Z do zebu.

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