25% do PIB da Bahia é agro
Quero elogiar a forma com a qual o PIB agro da Bahia vem sendo mensurado

Quero elogiar a forma com a qual o PIB agro da Bahia vem sendo mensurado. Está levantando as atividades envolvidas no antes, dentro e pós porteira das fazendas como de fato precisa ser. Então ao identificarmos a dimensão de 25% do PIB nesse sistema agroindustrial, agropecuario, comercial e de serviços, temos condições de olhar para um planejamento estratégico da economia do estado integrando cidades fortemente produtoras na agropecuária, com outras fundamentais na industrialização, comércio e serviços.
Na Bahia a SEI - Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia é responsável pelo acompanhamento dessas métricas. Entendo que precisamos expandir a busca de participações indiretas do agronegocio de forma transversal em todas as indústrias e atividades, como por exemplo no próprio turismo, na construção, no transporte e veículos, na agregação de valor da moda, e no movimento de uma economia que não aparece mas que com certeza se fosse contada apareceria muito, como a gastronomia, a cultura e os “terroir“ nacionais; são as riquezas gigantescas ocultas à espera de serem reveladas. Pero Vaz de Caminha escreveu na carta do descobrimento, ao passar pelo Monte Pascoal, se aproximando de Porto Seguro, Bahia: “existe uma terra ampla, vasta, cheia de águas, com o clima ameno, uma terra chã“. Ali estava o registro de uma percepção estimulada por um desejo de prosperidade, dessa forma a potencialidade existente na nossa “terra chã“ são imensas, e além disso são realistas, pois existem em cada cantinho do nosso chão, o “terroir chão brasileiro“.
Incluir tudo isso na contabilidade, dar números a essa riqueza que se esconde no meio de múltiplos nichos e segmentos é uma necessidade estratégica fundamental para um plano de crescimento do PIB brasileiro. Falar de elevar a dignidade do povo do Brasil exige metas e meios identificados, definidos, estudados, perseguidos e cobrados, onde sem duvida alguma a matriz empreendedora e cooperativista do complexo sistêmico do agronegocio é o ponto de apoio e a alavanca dessa jornada, o legítimo “cajado“ de uma inteligente liderança.
Talvez os números que não são contados mas que contam direta e indiretamente do agronegocio, da agrocidadania como um todo, impactem muito mais do que 1/4 ou 1/3 do PIB do país.
Que a SEI siga, persiga e aperfeiçoe a cada dia a justa contabilidade do agronegocio da Bahia e que inspire a todo Brasil.